Para entender melhor a situação caótica em que Eliziane Gama se inclinou basta lembrarmos que antes de ter oficialmente o apoio da Assembleia de Deus no Maranhão, a hoje senadora não figurava nem entre as três opções de voto mais lembradas da epóca. A CEADEMA atuou diretamente, enviando a todos os pastores convencionados ordens para galgar votos em suas igrejas, inclusive formalmente em púlpito.
Eliziane Gama se comprometeu a assinar documento em favor dos evangélicos e confirmando que estaria a disposição do mesmo posicionamento da igreja que a havia elegido senadora, mas desde o primeiro mês de mandato já se posicionou a favor de Flávio Dino e encabeçou campanhas em oposição a Bolsonaro. Eliziane após suplicar pelo apoio da Convenção das Assembleias de Deus no Maranhão e se comprometer a votar conforme a orientação de suas lideranças, obteve 27% dos votos (1.539.916 votos) vencendo figuras carimbadas da política maranhense como Sarney Filho, Edison Lobão e Zé Reinaldo (seus adversários na época).
Bastava Eliziane se manter neutra em relação a disputa Lula x Bolsonaro, como fez no primeiro turno mas assim preferiu não fazer e terminou por sua vez “enterrando sua carreira política” e manchando até mesmo a reputação de sua família que tem forte atuação dentro do meio evangelico no Maranhão. Uma pena, a conta chegará em 2026 e será amarga para Eliziane, por não dar a César o que é de César.





